A oito quilômetros do Cairo fica um dos locais mais antigos e atraentes da história da humanidade: as três pirâmides principais de Gizé que passaram a representar uma das civilizações antigas mais famosas.

As pedras megalíticas que formam essas estruturas ficam em um grande planalto, e agora os investigadores descobriram outra coisa fascinante que fica abaixo das pirâmides.

 

O pesquisador Gregg Braden explica que alguns dos primeiros relatos verossímeis do planalto de Gizé vêm do historiador e geógrafo grego Heródoto que no início dos anos 400 a.C. compilou um livro de referência sobre civilizações, culturas e tecnologias ancestrais.

Antes de Heródoto, ninguém havia apresentado um estudo sistemático e completo do passado, tentando ligar os eventos à forma como eles moldaram a história.

Heródoto especulou que haviam passagens escondidas sob as pirâmides, bem como câmaras, labirintos e grandes espaços, todos criados quando o clima e a topografia do Egito eram muito diferentes do que é hoje.

Ele percebeu que sob as pirâmides estavam os restos de outras civilizações muito mais antigas, e se Heródoto estiver correto, as pirâmides podem estar assentadas sobre a “cápsula do tempo” mais incrível da história, revelando não apenas culturas há muito perdidas, mas também suas tecnologias e origens descritas nos primeiros textos e imagens criados pela humanidade.

Dois pesquisadores se destacam na busca pela descoberta desses espaços subterrâneos sob as pirâmides: o cônsul geral britânico Henry Salt e o explorador Giovanni Battista Belzoni.

Esses homens foram capazes de pesquisar a área com a tecnologia limitada de seu tempo no início de 1800 e foram conduzidos pela topografia do deserto a uma área na borda do Planalto de Gizé, uma importante descoberta arqueológica que foi chamada “A Tumba dos Pássaros”.

Esta descoberta quase se perdeu na história, mas foi redescoberta em 2008, quando o autor e pesquisador Andrew Collins leu o diário de Henry Salt de 1817 e sugeriu que a Tumba dos Pássaros foi uma homenagem a um guardião dos registros ocultos e talvez este local, a poucos passos das pirâmides, seja uma das entradas para o mundo subterrâneo abaixo de Gizé.

Com a ajuda do egiptólogo britânico Nigel Skinner-Simpson, Collins trouxe uma nova luz para a exploração de Henry Salt no planalto de Gizé que pode ser a chave para a descoberta deste tesouro de conhecimento perdido, e a ciência moderna apoia a afirmação de Collins graças às imagens de satélite, revelando uma passagem subterrânea entre a Tumba dos Pássaros e a segunda pirâmide, chamada Pirâmide de Quéfren.

De acordo com as traduções de antigas tabuletas sumérias feitas pelo pesquisador Anton Parks, haviam sete níveis de cavernas abaixo do planalto de Gizé. Este sistema subterrâneo era habitado por antigos deuses egípcios conhecidos como “Clã de Osíris”.

A pesquisa de Parks descobriu que antes desses “deuses extraterrestres”, uma outra espécie extraterrestre com cabeça de leão, conhecida como “Urma”, veio à Terra e habitou esta infraestrutura subterrânea. Os resquícios desta espécie podem ser vistas na Esfinge e em Sekhmet, a deusa egípcia representada com a cabeça de uma leoa que tem o calor do sol como o seu principal poder.

Parks diz que esses sete níveis eram enormes e inicialmente esculpidos pelo Mediterrâneo, que engolfou o Egito há milhares de anos.

O primeiro nível era habitado por prisioneiros e pessoas da corte egípcia. O segundo nível era onde corria um afluente subterrâneo do Nilo e onde os jardins eram mantidos. No terceiro nível viviam os híbridos e seus deuses, assim como os humanos dedicados à descendência híbrida. O quarto nível abrigava a realeza dos deuses egípcios, e os níveis finais abrigavam a tecnologia que criou as atmosferas artificiais e os geradores que forneciam energia para toda a infraestrutura.

Será que esse enorme sistema subterrâneo ainda existe?

Como acontece com todos esses mistérios, só o tempo dirá a verdade e revelará o que há tanto tempo suspeita-se sobre o sistema subterrâneo de tuneis, cavernas, câmaras e tesouros escondidos sob Gizé. Com o avanço da tecnologia, futuramente poderemos ser capazes de investigar mundos perdidos muito abaixo da superfície das pirâmides.