O Grande Dilúvio é um tema polêmico entre os cientistas, mas existem aqueles que estão convencidos de que nosso planeta foi inundado em um passado distante, destruindo civilizações inteiras.

A história do Grande Dilúvio é comumente associada com a Bíblia, mas relatos similares existem em praticamente todas as culturas ancestrais de todo o mundo.

 

O mais antigo registro escrito desta história data de mais de 4.000 anos e é uma das primeiras obras conhecidas da literatura mundial, A Epopéia de Gilgamesh, um poema épico sumério que narra as aventuras do lendário Rei de Uruk.

Durante sua jornada em busca da imortalidade, Gilgamesh encontra-se com Utnapishtim que lhe conta a história de que há muito tempo os deuses haviam lhe dito que iriam inundar o mundo, então Enki o instruiu a construir um navio, chamado “O Preservador da Vida”, para transportar todas as sementes da vida nele.

Utnapistim foi encarregado de trazer sua esposa, família e parentes junto com os artesãos de sua aldeia, animais e grãos. O dilúvio que se aproximava acabaria com todos os animais e os seres humanos que não estivessem no navio. Depois de doze dias na água, Utnapistim abriu a escotilha do seu navio para olhar em volta e viu as encostas do Monte Nisir, onde seu navio encalhou.

Antigas Estruturas no Deserto do Saara

Imagens de satélite das piramides de Abu Sidhum

Angela Micol é fundadora da Satellite Archaeology Foundation, uma instituição que busca por descobertas arqueológicas utilizando-se da tecnologia das imagens de satélite, e recentemente encontrou evidencias que sugerem a existência de uma antiga civilização que desapareceu sob as areias do Deserto do Saara.

Micol acredita que os montes encontrados podem ser pirâmides erodidas e outros edifícios, e será necessário organizar uma escavação completa para desvendar o mistério.

Ainda não existem evidências de que essas estruturas notáveis sejam de tempos anteriores ao Grande Dilúvio, mas não podemos descartar a possibilidade de sua destruição ter sido causada pela inundação.

Uma pequena equipe de expedição visitou o local de Abu Sidhum e enviou a Angela Micol um vídeo detalhado dos montes, mostrando como eles se assemelham a pirâmides e um outro vídeo mostrando a descoberta de cacos de cerâmica na área que ajudaram a confirmar que algo está enterrado sob as areias do Egito.

Uma das quatro pirâmides descobertas em Abu Sidhum com marcas de erosão por água.

A equipe usou detectores de metal e detectores de cavidades subterrâneas que testaram positivo para a existência de ouro e túneis e cavidades dentro de todos os quatro montes piramidais.

Os pesquisadores acreditam ter identificado um templo ou local de habitação e uma fileira adjacente aos montes que podem ser “mastabas”, nome dado aos túmulos com formato trapezoidal dos faraós das primeiras dinastias.

“Encontramos algumas evidências incríveis no local de Abu Sidhum que podem ser muito mais antigas do que sabemos sobre Egito. Há uma linha de água distinta, com cerca de 10 metros de altura, em todos os quatro montes que se assemelham a pirâmides, que apontam para evidências de erosão feita pela água em um passado distante. Este pode ser um local incrivelmente antigo, anterior as histórias sobre o grande dilúvio, que irá reescrever a história do antigo Egito. Se for provado que este local é uma pirâmide ou uma construção artificial, ele deve remontar ao período pré-dinástico ou pré-histórico do antigo Egito, tornando-se um dos mais antigos complexos de pirâmide conhecidos no Egito”, diz Angela Micol.