Akhenaton e Nefertiti são os mais famosos membros da realeza do Egito, mas nem sempre foi assim. Os que vieram depois deles, incluindo seu filho Tutancâmon, tentaram apagar sua história, que só foi redescoberta no século 19 quando os arqueólogos encontraram a cidade de Amarna.
O Faraó Akhenaton liderou a “Revolução de Amarna”, movendo a capital de Tebas para a cidade que ele fundou e chamou de Akhetaton, e que mais tarde ficou conhecida como Amarna. Ele e Nefertiti tentaram converter todo o Egito à adoração de uma única divindade: Aton, o Disco Solar.
Esta foi uma das primeiras formas de monoteísmo conhecida em um mundo onde a pluralidade de deuses sempre foi a norma.
O Faraó Akhenaton
Logo no ínicio de seu reinado, o jovem faraó que tornou-se Rei do Egito aos 15 anos, por volta de 1.364 a.C., declarou-se filho e profeta de Aton, mudando seu nome de Amenotepe IV, que significa “Amon está satisfeito”, para Akhenaton, que significa “Espírito atuante de Aton”, repudiando o culto de Amon, que havia trazido grandes riquezas e influência política para os sacerdotes, que começaram a rivalizar com os faraós em termos de poder.
O seu governo foi marcado pela sua devoção a Aton e pelas suas manifestações artísticas e pacifistas, fazendo com que a revolução também se aplicasse a todas as obras de arte e, embora a realeza sempre tenha sido retratada anteriormente de uma forma glorificada irrealista, as representações da família real durante essa época eram íntimas e estranhamente realistas.
Conforme mencionado na Enciclopédia Britanica: “A família real foi retratada com características que, em comparação com as convenções padrão da arte egípcia, parecem visivelmente exageradas: uma mandíbula prognata, um pescoço fino, ombros caídos, uma barriga pronunciada, quadris e coxas grandes e pernas finas. Os traços faciais eram caracterizados por olhos angulares e abertos, lábios carnudos, rugas nasolabiais e orifícios para protetores de ouvido, enquanto as princesas são frequentemente retratadas com um crânio alongado em forma de ovo”.
A aparência é tão estranha que alguns estudiosos chegaram a sugerir que a família sofria de uma doença genética chamada Síndrome de Marfan.
Por outro lado, os Teóricos dos Antigos Astronautas acreditam que estes seriam sinais de origem extraterrestre, mas até agora, apesar de inúmeros artefatos remanescentes do Período Amarniano terem sido encontrados, as múmias do faraó e sua rainha continuam desaparecidas e este mistério continua sem respostas.
Aton: O Sol Celeste ou Nave Extraterrestre?
Como os únicos mediadores entre Aton e o povo, Akhenaton e a família real tornaram-se muito mais importantes do que os sacerdotes de Amon, e só eles tinham contato e permissão para falar por Aton, o único deus verdadeiro.
Um poema remanescente de autoria do próprio Faraó Akhenaton, chamado de Hino de Aton, que apresenta uma notável semelhança com o Salmo 104 da Bíblia, descreve um criador onipresente de toda a natureza, assumindo milhões de formas, não apenas o Sol:
“Os homens dormiram como os mortos; agora eles erguem os braços em louvor, os pássaros voam, os peixes saltam, as plantas florescem e o trabalho começa. Aton cria o filho no ventre da mãe, a semente nos homens, e gerou toda a vida. Ele distinguiu as raças, suas naturezas, línguas e peles, e atende às necessidades de todos. Aton fez o Nilo no Egito e choveu, como um Nilo celestial, em países estrangeiros. Ele tem um milhão de formas de acordo com a hora do dia e de onde é visto; no entanto, ele é sempre o mesmo” – Hino de Aton.
Nas representações de Aton, o disco brilhava com raios semelhantes ao do Sol, iluminando e abençoando a família real com status divino e sabedoria.
A questão que permanece é se o faraó realmente recebeu essas mensagens diretamente de Aton ou se isso foi meramente simbólico? Seja qual for o caso, o faraó ordenou que todos os outros templos fossem fechados e os antigos métodos proibidos e destruídos.
Os Teóricos dos Antigos Astronautas apresentam duas teorias divergentes, sendo que alguns acreditam que Akhenaton pode ter tentado apagar as antigas crenças religiosas como um meio de ocultar as verdadeiras origens da espécie humana, criada por meio da manipulação genética por seres alienígenas e levando seus seguidores para longe da verdade.
Já para Giorgio Tsoukalos, a descrição indica que Aton não era o corpo celeste do Sol, mas a evidência de avistamentos de uma nave extraterrestre e um possível contato direto com seres alienígenas que trouxeram a “sabedoria do céu”, ou até mesmo algum tipo de dispositivo tecnológico que permitiria a comunicação com estes seres de outro mundo.
“O Aton foi descrito como um Disco Solar Voador. Os egiptólogos apenas dizem que isso nada mais era do que o Sol, mas a questão é: o Sol poderia instruí-lo em diferentes disciplinas? E a resposta é não! Portanto, temos que ver se nossos ancestrais encontraram ou não uma tecnologia que não podiam explicar e a interpretaram erroneamente como algo da natureza”, explica Tsoukalos.
Do outro lado do mundo, na América do Sul, existem diversas lendas sobre discos dourados com poderes mágicos, uma delas refere-se a um antigo governante inca chamado Pachacuti que chegou ao poder com a ajuda de um Disco Solar espelhado.
Outra lenda diz que Aramu Muru, um sacerdote do Império Inca, fugindo dos conquistadores espanhóis, escondeu-se nas montanhas para proteger o Disco de Ouro criado pelos deuses, que curava os enfermos e ajudava na iniciação dos sacerdotes, e chegando ao “Portão dos Deuses”, usou o artefato para abrir um portal por onde ele entrou e desapareceu para sempre, deixando para trás o disco aos cuidados dos xamãs que protegiam o portal.
“No mundo todo, não importa a cultura antiga, existe algum tipo de adoração a um disco que veio do céu. É possível que este disco tivesse algum tipo de conexão extraterrestre e que fosse um dispositivo tecnológico”, diz Giorgio Tsoukalos.
Para os arqueólogos tradicionais, Aton não seria um novo deus no panteão egípcio, mas apenas uma manifestação de Rá, o deus do Sol que já era mencionado nos Textos das Pirâmides, os mais antigos textos religiosos encontrados no Egito, e que teria sido elevado a um status superior e acima dos outros deuses, remetendo-os ao desaparecimento ou a uma posição secundária, no intuito de deter o controle religioso em suas mãos e se apropriar dos bens e riquezas obtidos pelos antigos sacerdotes.
Após a morte de Akhenaton, a religião tradicional foi gradualmente restaurada e os faraós posteriores o desacreditaram, referindo-se a ele como “o faraó herege” em seus registros históricos.
