Puma Punku é o que resta de um local sagrado nas selvas da Bolívia que tem atraído muita atenção recentemente. O nome significa “Portal do Puma” e, segundo os arqueólogos tradicionais, Puma Punku era uma cidade antiga e próspera que se originou por volta dos anos 500 e 600.

Mas os mistérios sobre este fascinante local apenas continuam a crescer, as pesadas estruturas de blocos de pedra de Puma Punku foram cortadas com tanta precisão que o uso de uma tecnologia antiga desconhecida e altamente avançada parece ser a única explicação.

 

Localizado próximo da cidade de La Paz, capital da Bolívia, Puma Punku está situado na ainda próspera cidade de Tiwanaku, no alto de um planalto desértico da Cordilheira dos Andes, a uma altitude de mais de 3.500 metros, que segundo as tradições incas, é o lugar onde se acreditava que o mundo foi criado.

Os megalitos estão entre os maiores do planeta, alguns pesando várias toneladas, e embora muitas das estruturas ainda estejam de pé séculos após o desaparecimento de seus habitantes, a maioria dos edifícios está quebrado e espalhado ao redor da área, deixando os pesquisadores se perguntando o que poderia ter causado isso a estes edifícios incrivelmente pesados.

Monumentos Além da Capacidade Humana?

Puma Punku foi uma conquista arquitetônica extremamente avançada, os conquistadores espanhóis e outros que visitaram o local durante os séculos 16 e 17 o descreveram como um “edifício maravilhoso, embora inacabado, com portões e janelas esculpidas em blocos únicos”, que exibia um nível de habilidade incomparável no Novo Mundo pré-colombiano e costuma ser considerado o auge arquitetônico da tecnologia lítica andina antes da chegada dos europeus.

Ainda hoje, o trabalho em pedra do templo é considerado tão preciso que os Teóricos dos Antigos Astronautas afirmam que foi feito por algum tipo de laser e outras tecnologias extraterrestres.

O pesquisador David Childress notou que os grandes pedaços de granito estavam aparentemente espalhados como blocos de brinquedos infantis, como se um cataclismo gigante tivesse devastado Puma Punku de uma só vez. “Os arqueólogos estão perplexos com o que Puma Punku era e como parecia e o propósito das enormes estruturas ainda não foi explicado”, diz Childress.

Um fato inegável, porém, é que toda a região e seu povo foram importantes no antigo mundo sul-americano. A cultura deles era dominante na bacia do Lago Titicaca, com um império cobrindo uma vasta área na atual Bolívia, Peru e Chile.

Logo após a Segunda Guerra Mundial, o arqueólogo austríaco Arthur Posnansky elaborou uma hipótese que estava muito à frente de seu tempo. Posnansky trabalhou no local por décadas e estimou que Puma Punku era muito mais velho do que os acadêmicos supunham. Ao examinar as ruínas e sua relação com as estrelas, o arqueólogo datou as ruínas com impressionantes 15.000 anos de idade.

Seus registros e escritos sobre as pedras Puma Punku em Tiwanaku foram mantidos vivos por Graham Hancock e outros escritores que preferem a data de Posnansky do local para apoiar suas teorias.

Algumas das estruturas de Puma Punku chegam a 8 metros de altura e pesam 130 toneladas, e tal como acontece em inúmeros outros locais que apresentam estruturas megalíticas trabalhadas de tal peso e tamanho, a questão permanece sobre como povos primitivos poderiam ter criado ângulos retos perfeitos e orifícios circulares nas pedras apenas com martelos e cinzéis primitivos.

Mesmo hoje, a modelagem desses megalitos só poderia ser realizada com serras avançadas e brocas com ponta de diamante, o que levanta a questão da possibilidade de antigos alienígenas em Puma Punku, com uma tecnologia que ainda permanece ignorada.

O Mistério Continua

Alguns céticos afirmam que a teoria alienígena é um absurdo, Brian Dunning, autor de diversos livros sobre o ceticismo científico, descreveu a fileira de blocos em forma de “H” do local com aproximadamente 80 faces, e todas combinando umas com as outras com grande precisão.

“Essas pedras sugerem uma pré-fabricação não encontrada em outros locais de Tiwanaku. Além disso, algumas das pedras foram mantidas juntas com fechos de cobre, alguns dos quais foram moldados a frio e outros que foram colocados no lugar fundidos”, escreveu Dunning.

Dunning aplicou lógica ao mistério, sugerindo que talvez os blocos Puma Punku não foram cinzelados, mas sim modelados usando concreto ou algum material semelhante. No entanto, nenhuma evidência até agora apoiou a teoria do concreto pré-fabricado.

Embora Puma Punku continue a ser uma realização culminante da arquitetura andina e rivaliza com outros locais encontrados em todo o mundo, os cientistas têm muito poucas respostas sobre as questões mais básicas de quem, o quê, quando e por quê.

Os arqueólogos modernos não estão dispostos a cogitar a ideia do uso de lasers, visitas de alienígenas ou meios sobrenaturais de transportar blocos de pedra por quilômetros sem nenhum veículo mecanizado. Então, onde isso nos deixa?

Independentemente das opiniões dos céticos, o mistério Puma Punku persiste, porque nenhum cientista até agora deu uma explicação plausível para os edifícios e como eles foram construídos.

Mas podemos adicionar mais uma pista possível para esta história. As múmias de Puma Punku, preservadas em um dos locais mais sagrados de Tiwanaku, fornecem evidências de que todos os membros da sociedade, de bebês a idosos, usavam regularmente plantas psicoativas.

Agora nos resta saber se suas incursões em outras dimensões por meio destes psicoativos ofereceram a essas pessoas primitivas uma visão especial sobre como criar seus incríveis megalitos, ou mesmo como contatar seres extraterrestres que poderiam ensinar-lhes métodos avançados de construção.