Em todo o mundo, estudiosos do Antigo Egito descobriram artefatos que sugerem que nossa história, do jeito que a conhecemos, não é totalmente verdadeira e pode ter sido alterada intencionalmente para ocultar a verdade.

Quando se trata de estabelecer a cronologia das diferentes dinastias de reis que governaram ao longo da história do Antigo Egito, dispomos de uma série de documentos inestimáveis que auxiliam os especialistas neste difícil trabalho que ainda está muito longe de ser concluído de forma satisfatória.

 

Um dos documentos mais antigos que se conhece é a chamada “Pedra de Palermo”, da qual existem sete fragmentos espalhados em vários museus.

Três destes fragmentos estão no Museu Arqueológico de Palermo, na Itália, outros três encontram-se no Museu do Cairo, no Egito, e o sétimo e último fragmento está na Universidade de Londres, na Inglaterra.

A Pedra de Palermo

A Pedra de Palermo é considerada uma das fontes fundamentais para a investigação do Antigo Egito e, embora a data exata da criação desta magnífica peça permaneça desconhecida, acredita-se que ela tenha sido feita durante uma das primeiras dinastias, há quase 5.000 anos atrás.

Entre as informações encontradas na Pedra de Palermo, semelhante a outros documentos antigos com informações parecidas, existe uma lista sobre os Reis anteriores às primeiras dinastias do Antigo Egito e os respectivos faraós das cinco primeiras dinastias.

A parte mais misteriosa da Pedra de Palermo é onde ela menciona aqueles reis misteriosos que, segundo suas descrições, foram nomeados pelos arqueólogos convencionais como “seres mitológicos”.

O texto, escrito em hieróglifos, menciona uma lista com 120 reis anteriores as primeiras dinastias, e que governaram em um período antes do Antigo Egito ser oficialmente considerado como uma civilização.

Estranhamente, os nomes desses “deuses antigos” ou “seres mitológicos” enigmáticos, conforme mencionado na Pedra de Palermo, também são mencionados em outros documentos egípcios mais recentes.

Inscrições pré-dinástica dos governantes egípcios antigos: 1) nome ilegível, 2) Seka, 3) Jaau, 4) Tiu, 5) Tyesh, 6) Neheb, 7) Uadynar, 8) Mejet, 9) nome ilegível

O texto está dividido em três linhas horizontais:

A parte superior mostra o nome do Rei daquele período, no meio estão os eventos marcantes como festas, contagem de gado e etc, e a parte debaixo indica o nível anual mais alto de inundação do rio Nilo.

Nesta parte superior estão os nomes de vários governantes pré-dinásticos do Baixo Egito: “…pu” (parcialmente ilegível), Seka, Jaau, Tiu, Tyesh, Neheb, Uadynar, Mejet e “…a” (parcialmente ilegível).

Infelizmente, a importância da Pedra de Palermo não foi imediatamente reconhecida.

Semelhanças com outros documentos antigos

Há muitas semelhanças entre a Pedra de Palermo, o Papiro de Turim, datado do reinado de Ramsés II e que menciona os nomes dos faraós que reinaram no Antigo Egito, precedidos pelos “deuses” que governaram antes da época faraônica, e a Lista dos Reis Sumérios, uma tábua de argila suméria datada de 1.800 a.C. que lista os dez “reis que desceram do céu” e governaram por 432.000 anos, desde a Criação até o Dilúvio.

Todos estes três textos mencionam os “deuses” que vieram à Terra e governaram por milhares de anos.

Além disso, a Pedra de Palermo também menciona, de forma mais detalhada e extensa, tudo o que se relaciona com a tributação do Antigo Egito, bem como suas cerimônias, os diferentes níveis do rio Nilo, formações militares e muitos outros detalhes precisos de uma rica cultura.