O tapete voador, ou tapete mágico, é um meio de transporte usado em antigos contos e lendas que foram incorporados aos modernos filmes de fantasia.

A habilidade do tapete voador é baseada no mito da levitação que foi popularizado pela coleção de contos “As Mil e Uma Noites” e as histórias que compõem a obra têm várias origens, incluindo as culturas norte-africana, árabe, turca, persa e hindu.

 

Algumas evidências parecem indicar que as primeiras histórias de tapetes voadores vieram da Pérsia, conhecida por sua produção têxtil e os tapetes persas feitos à mão sempre foram um item de luxo altamente valorizado, e começaram a ser escritas no século 9 em língua árabe, mas as tradições orais que remetem aos contos são muito mais antigas.

Mas histórias sobre tapetes voadores não aparecem apenas no Oriente Médio e nas Mil e Uma Noites, referencias sobre estes objetos voadores também podem ser encontrados na mitologia grega, na mitologia nórdica, nos Vedas indianos, na China e até em personagens bíblicos.

Nos contos folclóricos russos, Baba Yaga presenteia Ivan, o Tolo, com um tapete voador que ajuda o herói a encontrar seu caminho durante suas aventuras.

Os Teóricos dos Antigos Astronautas não descartam essas histórias como mero folclore e suas origens poderiam ser baseadas em dispositivos tecnológicos avançados, como algum tipo de plataforma anti-gravidade utilizada por visitantes extraterrestres, que foram mal interpretadas pelas antigas culturas sob a forma de tapetes.

Afinal, como dizia o escritor Arthur C. Clarke: “Qualquer tecnologia suficientemente avançada é indistinguível da magia”.

As Mil e Uma Noites

O texto árabe fala sobre a princesa Sherazade, que todas as noites contava uma história ao seu marido, o Rei Shahyar, afim de adiar a noite de núpcias.

Durante seus contos, Sherazade mencionou as maravilhas dos tapetes voadores mágicos, uma forma utilizada pelo herói da história Aladdin para viajar rápida e silenciosamente de um lugar para outro sem ser visto ou ouvido.

O Tapete Voador do Rei Fraates II

Fraates II de Pártia, foi o conquistador da Babilónia e governou o Império Parto desde 138 a.C. até 128 a.C., e no ano de 130 a.C., o seu império foi atacado por Antíoco VII, governante do Império Selêucida.

Conta-se que durante uma batalha, o Rei Fraates II viajou em um tapete voador que voou tão alto no ar quanto as Montanhas Zagros. De sua altura elevada, ele fez chover fogo sobre Antíoco e seu exército. Depois de garantir sua vitória, Fraates voou de volta para sua terra e flutuou em seu tapete mágico acima das cabeças de seus súditos que estavam celebrando a vitória.

O Tapete Voador de Shapur, o Grande

Shapur, o Grande foi o segundo Xá do Império Sassânida e reinou entre do ano 240 até 270.

Em 260, durante uma guerra contra o exército romano, ele derrotou o imperador Valeriano e, segundo as histórias, Shapur conseguiu isso usando um tapete voador mágico.

Shapur teria conseguido entrar no acampamento do exército romano tarde da noite voando alto o suficiente para que os guardas não o vissem. Então, infiltrou-se na tenda do imperador Valeriano enquanto ele dormia e o capturou, usando o tapete voador como fuga.

A Saga de Viktor e Blávus

Esta saga nórdica relata as aventuras dos irmãos adotivos Viktor e Blávus que possuiam um tapete voador e outras habilidades mágicas.

Após algumas aventuras envolvendo vikings e berserkers, Viktor parte para a Índia para pedir a mão da Princesa Fulgida em casamento.

Depois de Viktor ter seu pedido rejeitado várias vezes porque Fulgida havia sido prometida em casamento para o Rei Soldán de Serkland, seu irmão Blávus viaja para a Índia disfarçado de monge, cura Fulgida de uma doença de pele e troca de formas com ela para que ela possa fugir.

Blávus, então disfarçado de Fulgida, concorda em se casar com Sóldan com a condição de que Rósida, filha de Soldán, seja a dama de honra.

No dia do casamento Blávus rapta Rósida e foge em seu tapete voador de volta para Frakkland, onde são celebrados os casamentos de Viktor com Fulgida e Blávus com Rósida.

O Tapete Voador do Rei Salomão

O Rei Salomão e a Rainha de Sabá.

O estudioso Isaac Ben Sherira, escreveu sobre o rei Salomão e os tapetes voadores mágicos descritos no Kebra Nagast, o livro que conta a história lendária da origem da Dinastia Salomônica dos Imperadores da Etiópia. Em seus escritos, ele afirma que a Rainha de Sabá contratou um alquimista real para fazer um tapete voador para ela.

O tapete que o alquimista fez para a Rainha de Sabá era o maior e mais bonito de todos os tapetes que ele já havia feito. Era feito de seda verde e tinha fios de prata e ouro entrelaçados e foi decorado com pedras preciosas.

Quando o tapete mágico ficou pronto, a Rainha de Sabá o mandou de presente para o Rei Salomão, que o recebeu bem no meio da construção do grande Templo de Jerusalém, quando estava ocupado demais para admirar o presente.

Quando a Rainha de Sabá soube que o Rei ignorou seu presente, ela ficou com o coração partido e jurou que nunca mais faria um tapete mágico para ninguém.

Segundo Ben Sherira, o alquimista havia passado anos aperfeiçoando seu ofício de tecer tapetes voadores e que o segredo do voo não estava no processo de tecelagem. Sem seu patrocínio real, o alquimista não conseguiu continuar fazendo tapetes voadores e mandou embora seus aprendizes e, quando morreu, levou consigo para o túmulo o segredo dos tapetes voadores.

Outra versão da história diz que Deus concedeu um tapete mágico ao rei Salomão. O tapete era tão grande que podia acomodar 40.000 homens voando.

O rei Salomão teria ficado tão cheio de orgulho que Deus decidiu puni-lo por sua soberba. Um dia, o rei Salomão estava voando com 40.000 de seus homens quando Deus fez com que o tapete sacudi sacudisse, lançando todos os 40.000 homens ao chão. O rei Salomão ficou tão arrependido pela perda de tantos de seus homens que se absteve de voar no tapete novamente.