Os Tuatha Dé Danann eram chamados de “Os Brilhantes”, uma antiga tribo irlandesa pré-céltica que invadiu a ilha nos tempos antigos. Mais tarde, eles seriam associados aos seres elementais irlandeses, o povo élfico ou às fadas, mas nos mitos irlandeses, eles não eram nada parecidos com as fadas do folclore de hoje.
Esta tribo não era considerada humana, mas descrita como criaturas altas, belas e elegantes que brilhavam sob a luz. Esses seres misteriosos trouxeram consigo o conhecimento secreto dos deuses e chegaram em “navios que desceram do céu” sob uma grande névoa que bloqueou a luz do dia por três dias e três noites.
Quando começamos a examinar a história deles, surgem numerosas conexões com mitologias antigas de outras partes do mundo.
Os Tuatha Dé Danann
Tuatha Dé Danann é traduzido como “Povo da deusa Danu” ou “Filhos da deusa Danu”, uma deusa-mãe primordial. Este mesmo nome, Danu, é encontrado na mitologia hindu para a deusa Asura, que significa “águas primitivas”, e também aparece no povo da tribo israelita de Dan, que misturou-se aos cananeus, também conhecidos como os “Senhores Dragões de Anu”, que diziam-se descendentes dos antigos Anunnaki sumérios.
Outra referência histórica pode ser encontrada nas antigas mitologias mesopotâmicas onde Danu ou Anu era cultuado como a principal divindade entre os sumérios, acádios, assírios e babilônios e era considerado o criador do céu, senhor dos Anunnaki e governante de Nibiru.
Segundo o autor e historiador britânico Sir Laurence Gardner: “O antigo povo dos Tuatha De Danann era a tribo sobrenatural da deusa agrícola pré-aqueu Danae de Argos, ou talvez da deusa-mãe do Egeu, Danu. Mas seu verdadeiro nome traduzido em sua forma mais antiga era Tuadhe d’Anu. Como tal, eles eram o povo ou tribo de Anu, os grandes deuses do céu dos Anunnaki”.
Para o pesquisador e autor Zechariah Sitchin, os Anunnaki eram viajantes espaciais que desceram dos céus em “carruagens de fogo” trazendo conhecimento e tecnologia e governando os seres humanos por milhares de anos. Eles são os reis divinos dos antigos sumérios, cujos descendentes migraram para o norte na região do Mar Negro e para o sul em direção à Palestina, encontrando outros povos antigos, fundindo suas culturas e línguas.
De acordo com “Lebor Gabála Érenn”, uma coleção de poemas e narrativas que recontam as origens míticas e a história dos irlandeses desde a criação do mundo até a Idade Média, os Tuatha chegaram na Irlanda “descendo dos céus em nuvens escuras e pousando nas montanhas de Conmaicne Rein, trazendo escuridão sobre o Sol por três dias e três noites”.
Os Tesouros dos Tuatha Dé Danann
Segundo a mitologia, os Tuatha Dé Danann trouxeram conhecimentos e quatro grandes “tesouros” ou “talismãs”. O primeiro destes tesouros era a Pedra de Fal, que gritava sempre que um verdadeiro rei colocava os pés sobre ela, esta pedra foi colocada no Monte de Tara, a mítica residência dos Altos Reis da Irlanda. O segundo era a Espada de Nuada, uma arma que infligia golpes invencíveis quando utilizada. O terceiro era a Lança de Lugh, que nunca errava o alvo. O quarto e último tesouro era o Caldeirão de Dagda, de onde saia um suprimento constante e infinito de alimentos.
Estes tesouros também correspondiam aos quatro elementos da natureza, com a Lança de Lugh representando o Fogo, a Espada de Nuada representando o Ar, o Caldeirão de Dagda representando a Água e a Pedra de Fal representando a Terra.
Os Tuatha lutaram contra os Fomhoire, um grupo de invasores tidos como sobrenaturais, que significa “Povo Submarino” e são descritos como criaturas híbridas de animais e humanoides, muitas vezes identificados como os descendentes de Caim ou de um filho de Noé pouco conhecido chamado Cam.
Embora os Tuatha Dé Danann tenham prevalecido e governado por um longo período, eventualmente eles foram derrotados por outro invasor, os Melesianos, que são considerados os Celtas. Os Tuatha foram forçados a recuar para as “colinas ocas”, um mundo subterrâneo que só podia ser acessado por meio de portais encontrados em estruturas megalíticas e nas colinas da Irlanda. E assim passaram a ser conhecidos como o Povo Élfico da tradição celta.
É interessante notar que o prefixo “El” do élfico é um derivado do deus Elil sumério e do deus hebraico Elohim.
Também existe uma semelhança surpreendentemente entre os Tuatha Dé Danann e os Nephilim. Segundo os Teóricos dos Antigos Astronautas existem sinais reveladores nas histórias dos druidas e nas estranhas estruturas megalíticas encontradas ao redor do mundo, incluindo as lendas sobre gigantes dos povos nativos americanos, onde é dito que esses gigantes tinham cabelos ruivos e olhos claros e chegaram na América vindos de grandes distâncias, muitos séculos antes dos europeus na época dos descobrimentos.
Embora estes seres mitológicos ainda sejam respeitados e temidos por muitos no interior da Irlanda como seres reais e até mesmo perigosos, eles se tornaram o tema dos contos de fadas modernos para a maioria das pessoas.