Apesar do fato de a civilização olmeca ser cercada por vários mistérios, os pesquisadores acreditam que todas as culturas clássicas da América Central se originaram dessa civilização misteriosa.

Sabemos muito pouco sobre esta que é uma das civilizações antigas mais influentes da Mesoamérica.

 

Suas habilidades com a pedra são notoriamente impressionantes, com construções e monumentos incríveis, como as cabeças olmecas gigantes, muito anteriores aos astecas, maias e outras civilizações das Américas existirem.

A questão que intriga a todos é de onde os antigos olmecas obtiveram seu conhecimento e alguns pesquisadores sugerem que os antigos olmecas poderiam ser os sobreviventes da lendária Atlântida.

Os Olmecas e a Atlântida

Os olmecas eram uma civilização muito avançada, que existiu antes dos maias e astecas e seus incríveis conhecimentos sobre geologia tornaram possível, literalmente, terraformar certas regiões.

O planalto de San Lorenzo é um desses exemplos, e é considerado um dos projetos arquitetônicos mais importantes da antiguidade, este projeto consistiu na remoção de toneladas de terra e rocha que permitiram a construção de gigantescos terraços, templos, monumentos e as primeiras pirâmides da América, com altura de 30 metros, transformando o ambiente em um espaço sagrado para os seus habitantes.

Seria possível que os antigos atlantes que sobreviveram à destruição de seu continente tivessem migrado para a América e dado início a algumas das mais incríveis civilizações antigas da Terra como os olmecas, os astecas, os maias e possivelmente até mesmo os incas?

Mapa das Civilizações Mesoamericanas.

A Atlântida é uma ilha ou continente tratado como mitológico, cuja primeira menção é atribuída ao filósofo grego Platão em suas obras “Timeu” e “Crítias”, nestes dois contos viemos a saber que a Atlântida era uma potência naval, localizada além das Colunas de Hércules, que conquistou muitas partes da Europa Ocidental e da África por volta de 9600 a.C. e teria afundado no oceano em um único dia e noite de infortúnio.

Ninguém sabe explicar ao certo de onde os olmecas vieram, mas há alguns indícios que tratam de sua origem e mostram seus governantes como gigantes, fisicamente muito diferentes dos nativos da América Central, e muitos acreditam que a civilização olmeca possa ter vindo de outro lugar da Terra, como sobreviventes da cultura atlante, que teria originalmente se desenvolvido na região hoje conhecida por Triângulo das Bermudas, trazendo consigo o que restou de seu conhecimento.

Esta antiga civilização atingiu um incrível grau de desenvolvimento, uma sociedade que conhecia a domesticação de animais e a apicultura antes de qualquer outra civilização antiga, possuíam também uma forma de escrita composta por hieroglifos e um calendário baseado em um ano de 365 dias.

As Cabeças Olmecas Gigantes, que chegam a medir até 3 metros de altura e pesar de 20 a 40 toneladas cada, ainda continuam sem explicação e várias teorias foram propostas para explicar como essas cabeças monumentais foram esculpidas e, em especial, como foram transportadas até seus locais de destino, uma vez que, ao que tudo indica, esses povos não utilizavam ferramentas de metal, não possuíam veículos com rodas, tração animal e nem tecnologia avançada.

As Cabeça Olmecas Gigantes

A arqueologia tradicional defende a ideia de que o transporte dos enormes blocos de basalto foi feito através da vasta rede de rios que cortam a região, mas levando-se em consideração essa teoria, resta o problema de como os olmecas teriam desembarcado esses blocos de várias toneladas e os empurrado ladeira acima, em um terreno inóspito e cheio de obstáculos, com regiões pantanosas, florestas densas, montes e vales.

Uma estimativa sugere que seriam necessários 1.500 homens para arrastar uma dessas cabeças durante três a quatro meses até seu local de destino.

Outra teoria sustenta a ideia que o conhecimento para mover esses e outros megalitos maciços e gigantescos espalhados por vários locais do mundo como Stonehenge, Puma Punku, Gobekli Tepe, Ilha de Páscoa e Machu Pichu, foram transmitidos aos povos antigos por seres extraterrestes ou civilizações mais avançadas, como os atlantes, que ensinaram aos homens como mover tais pedras, e algum tipo de “levitação” poderia ter sido o meio pelo qual as enormes pedras teriam sido postas em seus lugares definitivos.

Um outro achado, ainda mais misterioso e diretamente relacionados à antiga civilização olmeca, é uma barra de hematita de 3,5 cm que, quando colocada na água, tem seu eixo apontado para o norte e, de acordo com pesquisadores da Universidade de Michigan, este dispositivo seria uma bússola.

A bússola olmeca

Isso sem dúvida muda a história que conhecemos, pois significaria que os antigos olmecas seriam os inventores da bússola e não os chineses, como se pensava anteriormente.

Acredita-se que o dispositivo tenha sido utilizada não apenas para a navegação, mas também para posicionar seus edifícios voltados para o norte.

O Legado Olmeca

Diversos seres sobrenaturais aparecem na arte olmeca e os vários deuses que formavam sua religião estavam principalmente ligados a agricultura, aos animais e a natureza.

As divindades olmecas são representadas em esculturas de pedra, pinturas rupestres e cerâmicas, e os deuses são descritos como humanos ou híbridos de humanos e animais.

De acordo com as crenças olmecas, cada elemento vivo que os cercava estava cheio de espíritos que tinham poderes sobrenaturais e, da mesma forma, os governantes também faziam parte desse círculo de divindades, porque se consideravam descendentes diretos dos deuses e, portanto, também desfrutavam de poderes.

Segundo uma lenda olmeca, a união carnal entre uma onça (ou jaguar) e uma mulher resultou nos chamados homens-onça. Outra versão indica que os homens-onça foram concebidos após a união dos governantes com os “seres onça”.

Monumento de La Venta, a mais antiga representação da Serpente Emplumada.

A maioria dos deuses olmecas evoluiria para as principais divindades de civilizações posteriores. A Serpente Emplumada, por exemplo, parece ter sido um deus menor para os olmecas, mas ganharia destaque nas sociedades asteca e maia.

Além das cabeças gigantescas, os olmecas deixaram outras peças de grande valor artístico, como tronos, altares e figuras humanas, e nenhuma outra cultura mesoamericana atingiu a perfeição e o nível de domínio dos olmecas no que diz respeito à arte da escultura.

Os antigos olmecas, como muitas outras grandes civilizações antigas, desapareceram sem deixar vestígios por volta do ano 400 a.C. restando um legado de mistérios e de perguntas ainda sem respostas.