Esta descoberta incomum foi feita em 1908 em um templo subterrâneo conectado ao antigo Palácio Minóico de Phaistos, na costa sul da Ilha de Creta.

O arqueólogo Luigi Pernier removeu o enigmático disco de uma camada de terra preta que permitiu que o artefato fosse contextualmente datado entre 1850 a.C e 1600 a.C.

 

Embora tenha havido alguma controvérsia sobre a autenticidade do disco, acredita-se que ele seja genuíno e atualmente encontra-se em exibição no Museu Heraklion de Creta, na Grécia.

O chamado Disco de Phaistos é feito de argila e tem aproximadamente 15 centímetros de diâmetro e 1 centímetro de espessura com símbolos impressos nas duas faces.

Os 45 enigmáticos símbolos que compõem cada lado do disco estão dispostos em espiral e separados por grupos, foram gravados pressionando-se caracteres pré-formados na argila macia, o que tornaria este o primeiro uso registrado de tipos móveis, similar a prensa criada pelo chinês Bi Sheng no ano 1040 e depois paralelamente desenvolvida e popularizada no Ocidente por Gutenberg em 1439.

O fato de que alguém se deu ao enorme trabalho de fazer uma matriz para cada símbolo sugere que o disco, ou pelo menos sua inscrição, poderia ter sido produzido em massa, embora nada parecido tenha sido encontrado até o momento.

Os dois lados do Disco de Phaistos.

Este misterioso artefato é considerado uma peça única e nenhum outro item tem um sistema de escrita semelhante, que é completamente diferente das outras três formas de escrita encontradas na Ilha de Creta da Idade do Bronze.

O significado destes símbolos nunca foi traduzido de uma forma que seja aceitável, tanto para os arqueólogos tradicionais como para os linguistas.

As tentativas acadêmicas de decifrar os pictogramas tem pouca chance de sucesso, a menos que mais exemplos dos sinais apareçam em algum lugar, pois não há contexto suficiente para uma análise significativa. Qualquer tradução sem confirmação externa, como uma comparação bem-sucedida com outras inscrições, provavelmente não será considerada conclusiva.

Acredita-se que a linguagem do disco seja semelhante, mas anterior, a escrita cuneiforme dos sumérios encontrada nos Épicos de Kharsag, considerado o texto religioso mais antigo do mundo, datado de cerca de 2500 a.C., e esta poderia ser a evidência de uma ligação entre as civilizações dos sumérios e dos cretenses.

Numerosas teorias foram sugeridas que o Disco de Phaistos poderia ser um hino, uma oração, um ritual de cura e até uma mensagem de antigos alienígenas.

Uma outra teoria recente e bastante plausível é que o disco trata-se de uma mensagem codificada que foi lida e, em seguida, descartada, sendo jogada nos fossos da cidade. Se for esse o caso, representaria uma das primeiras formas de criptografia sofisticada da história da humanidade.