Pouco antes do Natal de 1944, o piloto da Força Aérea Americana Edward Schlueter estava sobrevoando o território inimigo quando ele, seu operador de rádio e o oficial de inteligência Fred Ringwald viram estranhos objetos que descreveram em seus relatórios como “oito a dez luzes laranja brilhantes na asa esquerda voando em alta velocidade”.

Os Objetos Voadores Não Identificados (OVNIs) ficaram atrás do avião militar dos EUA e começaram a segui-lo. O piloto americano tentou várias manobras na tentativa de despistar os misteriosos objetos, mas mesmo os mergulhos acentuados ou curvas fechadas não funcionaram.

 

De repente, os objetos desapareceram e, surpreendentemente, durante todo o encontro, nem o piloto americano nem os objetos misteriosos dispararam tiros.

Este é apenas um exemplo de muitos incidentes semelhantes que ocorreram nos céus da Alemanha durante os últimos meses da Segunda Guerra Mundial.

Às vezes, os objetos apareciam nas telas de radar, outras vezes, mais de uma pessoa observava os objetos, mas eles não apareciam no radar.

Os objetos viajavam sempre em grande velocidade e conseguiam fazer manobras para acompanhar os aviões americanos.

Os Aliados temiam que a Alemanha tivesse criado uma nova arma, embora nenhum avião tenha sido danificado e nenhum tiro havia sido disparado.

Os objetos foram apelidos pelos pilotos americanos de “Foo Fighters”, em homenagem a um desenho popular da época chamado “Smoky Stover”. No desenho animado, o personagem Smoky costumava dizer: “Where there’s foo there’s fire”, um trocadilho em inglês para “onde há fuu (fumaça), há fogo”.

O termo pegou e até mesmo os operadores de radar usavam o termo “Foo Fighter” para alertar os pilotos sobre avistamentos.

Embora a maioria dos encontros tenha ocorrido na Europa, houve alguns incidentes semelhantes no Oceano Índico.

Curiosamente, depois que a guerra acabou, os Aliados descobriram que as potências do Eixo também tinham avistado e relatado os mesmos objetos e temiam que os Aliados tivessem desenvolvido uma arma secreta.

Segundo a jornalista e pesquisadora de OVNIs, Cheryl Costa, os pilotos veteranos que voaram nos aviões B-17 diziam durante as entrevistas: “Sim, nós vimos essas coisas e pensamos que era tecnologia do outro lado, depois da guerra, descobrimos que o outro lado pensava que era tecnologia nossa”.

Algumas teorias tentaram explicar o fenômeno, como aparições de naves extraterrestres ou descargas elétricas das asas dos aviões, conhecidas como Fogo de Santelmo. Outra teoria sugere que as esferas avistadas pelos pilotos eram os Raios Globulares, um fenômeno atmosférico elétrico ainda inexplicado.

Psicólogos também ofereceram algumas explicações, mas nenhuma que os experientes aviadores considerassem crível. Eles não acreditavam que estavam alucinando por causa do cansaço da batalha, e como as luzes não causaram danos, os pilotos duvidavam que fossem armas secretas alemãs controladas remotamente.

Armas Secretas Alemãs?

Bombardeiros B-17 perseguidos pelos Foo Fighters.

Após o fim da guerra, Rudolf Lusar, um major do exército alemão, escreveu um livro sobre armas secretas usadas pela Alemanha durante a guerra.

Ele descreveu dois tipos de objetos dourados em forma de bola que os pilotos aliados identificaram durante a guerra, um que ele chamou de “Feuerball” e outro de “Kugelblitz”.

De acordo com a Lusar, os dispositivos eram movidos a jato e guiados automaticamente, e seu objetivo era emitir descargas eletrostáticas dos tubos Klystron para interromper os sistemas elétricos dos motores dos bombardeiros da Força Aérea Americana e impedi-los de lançar bombas.

Embora a descrição de Lusar pareça plausível, os pesquisadores discordam sobre a validade de seu relato. Afinal, nem um único avião dos Aliados relatou complicações após um encontro com os Foo Fighters. Então, parece que se os alemães tivessem desenvolvido tal arma, ela simplesmente não funcionava.

Até o momento, nenhuma explicação conclusiva para os Foo Fighters foi encontrada.